A úlcera de pressão se desenvolve quando há uma compressão do tecido mole entre a parte óssea do corpo e uma superfície dura por um período prolongado. O local mais frequente para o seu desenvolvimento é na região sacral, escapular, calcâneo, nádegas, trocânteres, cotovelos e tronco.
Pacientes que são ou foram fumantes, diabéticos, com incontinência fecal e urinária (uso de fraldas), desnutridos, idosos e com problemas de circulação arterial e acamados com pouca ou sem nenhuma mobilidade encontram-se com maior risco a desenvolver úlceras de pressão.
Manter alguns cuidados com a pele do paciente é fundamental. A atuação é no alívio da pressão da pele, nas áreas de risco, ou onde se tem ossos mais proeminentes. Alguns cuidados são bem importantes, e podem ser realizados desde os primeiros momentos em que o paciente ficou acamado, seja em casa ou no hospital.
Um exemplo de cuidado com os pacientes é o do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Aroldo Tourinho. Em agosto de 2010 o índice de pacientes no CTI com úlcera de pressão era de 56% e 67% com risco alto para desenvolver tal fator.
Por esse motivo, acompanhamentos e métodos mais rigorosos foram adotados pelo CTI para reduzir tais lesões. Segundo a coordenadora de enfermagem Ana Paula Lopes, foram reduzidos os horários de mudança de decúbito, passaram a utilizar colchão “caixa de ovo” ou colchão pressurizador de ar e placas hidrocolóides nas regiões de maior risco de desenvolver úlceras de pressão. Além da hidratação efetiva da pele com óleo de girassol e o acompanhamento da integridade da pele pela equipe de enfermagem.
De acordo com a enfermeira, o trabalho realizado pela equipe de enfermagem foi de grande importância para esse sucesso. “A dedicação, compromisso e envolvimento da equipe enfermagem foi o fator importante para a diminuição dos índices de lesões de pele”.
Outro importante apoio, segundo a coordenadora, foi o de Vanda Campos, da auditoria, que organizou e consolidou os dados. “Sem estes dados não poderíamos analisar nossos resultados. Agora com uma visão das estatísticas podemos traçar metas e reduzir ainda mais os riscos”.
Atualmente, o índice reduziu para 27% de pacientes com o problema e 60% com alto risco de desenvolver, ou seja, reduziu em mais de 50% a úlcera de pressão nos internados. Segundo os técnicos de enfermagem esta estatística só confirma o bom trabalho de equipe coesa e unida em prol da qualidade de assistência para os pacientes do CTI.
“Nossos pacientes mantém o risco alto, mas devido aos cuidados e dedicação da equipe, houve uma redução significativa do índice de ulceras de pressão”, que é um dos indicadores da qualidade do serviço de enfermagem, termina a coordenadora de enfermagem do CTI Ana Paula Lopes Guerra.
Por: Martins
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